O mar total

Não eram sóis que brilhavam seus olhos.

Nem luares que marcavam o caminho.

Apenas dois pontos perdidos em pensamentos

E um vulto esperando contornos...

No tempo que perdido sorria

ao encanto que nos seduzia.

E se eram manhãs não sabemos.

À noite nos conduzia.

Bastando estar ali sozinha

Parado o tempo se ia...

Nos pensamentos olhos se comunicavam

no imenso gostar de um dia que corria.

Lembranças atadas ao presente

na magia de sentir a fantasia.

Sem fitar em desejos

Sem deixar o deixar de amar.

O que cala a voz e solta o coração.

Em desejo anielado ao seguir.

Apenas a liberdade de sentir

Cavalgando nas nuvens do corpo.

Somente deixando fluir...

Seguimos em caminhos desertos,

conhecidos pelo amar em poesia.

Escritos de amor um profundo

Enraizado na eternidade perene

De uma paixão infinita...

E se flui amor, é maresia,

que nos toca em carinhos.

Ondas que suspiram sentidos

Fluidos desejos de amor contínuo.

Que segue a linha do horizonte

em palavras que se conhecem nas horas...

Desconhecidos significados

Apenas a liberdade do amor...

E liberdade que sobrepõem o que fica,

o que sobrevive além.

Um mar que não se vê....

Sente-se o amor que não se sente...

O lugar onde os sonhos são reais

para aqueles que acreditam no amor

como sentimento eterno...

Lugar que as ondas chegam

E ficam

Pois nada volta de um amar total.