DIVINA AQUARELA
 
Meus olhos comem
Uma lua embrulhada
Em papel de pão,
Cozida com água destilada
De nuvens de algodão,
Fervida no fogo brando
Do sol que se esconde
Na caverna do oceano.
Uma formação de pássaros
Parecendo uma asa
Voam contra o poente
De volta para casa.
Essa divina aquarela,
Não há nenhum engano
É Deus que pinta assim,
E ao fazer coisa tão bela,
Sei que ele tem um plano.
Só não contou para mim.
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