Primavera
Sou uma primavera
Inconstante
Folheada por estações
Como um lírio ressequido
Tendo várias divisões.
Deito entre as rosas
Sem tristeza no olhar
Pois lembro o outono
Sem flores e luar.
E elas são carregadas
Para cada estação,
Mas falece o perfume
Quando chega o verão.
E nesse dia celeste
Sei que tardo a chorar,
Com saudade das flores
Que não posso levar.
Teresina, 23.08.16
Autora: Marta Santana