Antonieta no Cerrado
pés descalços,
dedos grossos
macerando eucalipto
elixires de cura
flores miúdas,
selvagens,
cores escuras,
rosas tonalidades
junta duas mudas
pra atrair borboleta
mistura as cores
nas pétalas da boa noite
faz a cama na calma,
no silêncio
entre o ranger das galhas
e farfalhar das palhas
Antonieta no mato,
na mata que cheira,
chama,
reina soberana
no cerrado
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Homenagem à minha vó Antonieta já ida deste mundo, mas viva em mim.