O AR QUE SOPRA O VENTO

O vento corre diante dos olhos como capa de chuva transparente.

Não é estático, mas também não é turbulento.

Balança com o mover do globo.

Vento norte ou vento sul.

Sopra e se encontra ao sair dos lábios molhados.

Cristaliza o mais gélido pensamento.

Tornando tudo em escultura.

Faz com o espaço e tempo um torvelinho.

Enigmático e assombroso pode engolir um oceano.

O vento. O autor do momento. O tempo. O pintor do vento.

Lembra de acariciar sua face.

E enxugar a água com sais minerais que brotam do oculus que refrata a luz.