A poesia me reinventa
Enquanto o homem
se desgasta nas migalhas da correria
que todos os dias o consome
tirando-lhe a paz, a vida, e o son(h)o,
prefiro me reinventar da poesia
diária do sol que se põe
pintando o céu com a mais bela aquarela
de cores que se dispersa pelo horizonte.
Prefiro me reinventar do canto dos pássaros,
pois, como bem poetizou Manoel de Barros,
"fui aparelhado para gostar de passarinhos
e tenho abundância de ser feliz por isso."
Já digo de antemão que eles não estão sozinhos,
porque também faço o meu protesto:
Não ao caos da correria
que rouba do homem a vida,
que sucumbe a sua harmonia,
tornando-o sem valia!