A poesia me reinventa

Enquanto o homem

se desgasta nas migalhas da correria

que todos os dias o consome

tirando-lhe a paz, a vida, e o son(h)o,

prefiro me reinventar da poesia

diária do sol que se põe

pintando o céu com a mais bela aquarela

de cores que se dispersa pelo horizonte.

Prefiro me reinventar do canto dos pássaros,

pois, como bem poetizou Manoel de Barros,

"fui aparelhado para gostar de passarinhos

e tenho abundância de ser feliz por isso."

Já digo de antemão que eles não estão sozinhos,

porque também faço o meu protesto:

Não ao caos da correria

que rouba do homem a vida,

que sucumbe a sua harmonia,

tornando-o sem valia!

Via Poética
Enviado por Via Poética em 26/06/2016
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