Sabiá
Canta meu sabiá... Canta!
Murmúrios de quem chora a liberdade,
Que implora o direito voar,
Pelo céu poder passear.
Canta sem parar a sua lamentação,
Convence que é choro do coração,
Que ali é uma doida prisão,
Que os galhos das arvores sim é sua mansão.
Se falasse se faria entendido,
Nesta gaiola não seria mantido,
Ai sim pelos campos iria passear;
Seu lindo canto de liberdade poder cantar.
Canta triste meu sabiá,
Eu entendo seu sofrimento,
Meu peito também chora por liberdade,
De uma paixão da mocidade.
Canta meu sabiá... Canta!