As montanhas deste meu horizonte
As montanhas deste meu horizonte
Me despertam o desejo de ser vento
E vagar por tuas árvores, a todo o momento
E ser mais natureza a cada instante.
Tocar em tua terra, beber em sua fonte,
Fazer de tua mata meu novo convento.
Deixar a alma exposta ao relento
E sentir o amanhecer com o sol na fronte.
E eu, essa insignificante matéria,
Quando me embriago em seus odores
Esqueço o peso de minha miséria.
Ao fim, quando eu deixar de ser quem era,
Minha alma vagará por tuas flores
E meu corpo repousará em tua terra.