# NO JARDIM (reeditado)

Quando o sol deixou seus raios fracos,

formarem um manto no jardim silencioso.

uma azaleia vendo as plantas sem flores,

aproveitou assim tal momento precioso.

Floriu pois, única flor de beleza vermelha.

Mas a rosa viu e não gostou nada da audácia

porém não tinha reservas para uma resposta

e teve assim que aguentar lá tal falácia.

Nao ficava bem pra ela, logo ela, a rosa.

ser passada para trás assim pela azaleia

isso exigia uma severa resposta à altura,

Para que jamais tivesse de novo tal ideia.

- Olha como anda radiante a azaleia dizia o lírio.

mas vermelho não me afeta pois sou amarelo.

Nem comigo dizia a palma, pois sou alaranjada,

eu pro vermelho nem mesmo sequer apelo.

Duas roseiras, a branca e a rosada dobram

dizem a irma vermelha isso não e conosco,

esta lhes diz com raiva, traidoras sem tamanho

se fosse eu, seria totalmente solidária convosco.

Mas deixe estar que é natal e a festa fica assim,

com a azaleia exibida. Mas pro ano, está pra mim.

hei de florir a mais vermelha e bela rosa radiante,

e voltarei majestosa a ser a rainha do nosso jardim.

De fato por uma semana a azaleia sentiu a vitória

com sabor especial sem o vermelho da rosa muda

E todos diziam mas que bela flor a da azaleia

enquanto no canto a roseira zangava-se miúda.

E antes que o ano novo surgisse para bonanças

Dá mesmo o troco a roseira com belo botão

Com o mais especial dos brilhos ofuscando a azaleia.

Que de todas as plantas perdeu a atenção.

E preparou ainda umas outras, duas como reserva.

Guardando poder de fogo sem arredar na vaidade.

Bradou para que todos no jardim escutassem mudos

quem nasceu pra rainha, nunca perde a majestade.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 08/04/2016
Reeditado em 24/05/2021
Código do texto: T5599177
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