CHUVA
implorava chorando, o céu
lágrimas compridas, caiam
silenciosos tiniam, nos sinos
de águas ensandecidas, poças
o chão morto, encharcavam
milagres em plantas, vívidos
multiplicados por horas, em relógios
giravam no vento, cata-ventos
sementes na terras, brotavam
morriam encharcados, os lírios