Mato, Virgem, Quartzo Rosa, Equilíbrio, Comer

“Atravessando a trilha fechada,

Quase sem enxergar o caminho a minha frente,

Barulho das cigarras, grilos e pássaros,

E aquele cheiro e mato...

Meus instintos humanos assustados,

Sem nada para comer,

Sobrevivendo a cada passo,

Difícil de manter o equilíbrio...

Chego a uma clareira,

Um lindo afloramento de quartzo rosa,

E percebo como a selva não é só sinistra,

Ela é linda, e cheia de boas surpresas...

Sem forças me sento para admirar aquela rocha,

E como o símbolo de virgem, entro em oração,

Como um anjo buscando lugar para casa,

Nesta meditação vislumbro seu rosto...

Tão bela como o brilho do quartzo,

Tão aconchegante como o chão que me sento,

Tão cheirosa como as flores e frutas da floresta,

Tão distante como qualquer outro humano de mim...

Seria ótimo te ver de novo,

Ou até mesmo que você pudesse me ver,

Me dar um beijo de despedida,

Fechar meu caixão e se despedir...

Uma pena que não deu...”