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 1

Ameaça  vinda do alto
volta pra cumprir
necessidade da terra
Fúria benévola 
que  se abranda
quando se pede
Fúria desgovernada 
tem o mar
não passa, 
nada adianta 
a não ser 
aprender a domar

 


 2
todas as águas nascem devagar
com calma escolhe 
por onde vai passar e
deixar marcado o seu destino
tombar na cachoeira
voltar à calmaria
conhecer a  força 
de um grande rio
e junto a ele morrer no mar

 


 3
Sob a luz do sol
a água corre cálida e saltitante
Quando chega à sombra

a água faz com que

a bica cante uma cantiga

num tom que vibra
entre generosa e triste

 


4
Água de chuva 
lava o telhado
e a àgua limpa
entra na brincadeira
as crianças esticam os braços
e na palma das mãos
deixam cair a água da goteira

 


 5


Águas guardadas nas nuvens
sinalizam o banho da natureza
e toda sorte de surpresa
Caiam, águas
sobre as calçadas, 
casas de campo, de praia
Caiam sobre nossa alegria de ver
a terra sedenta beber

 

 
Maria do Carmo Fraga(MarianaMendes)

 



 

 


 



 

Maria do Carmo Fraga (Mariana Mendes)
Enviado por Maria do Carmo Fraga (Mariana Mendes) em 25/01/2016
Reeditado em 05/06/2024
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