SONETO PARA A CIDADE DE JURAMENTO

Na passagem dos bravos bandeirantes

Já exaustos nos garimpos – sem sucesso

Vagam por um caminho, em retrocesso,

Maltrapilhos, assim como eram antes.

Então, de passo a passo – os horizontes

Abrem-se as suas asas, com excesso,

Pra receber de Fernão Dias - o egresso

As pedrinhas verdes, e seus brilhantes.

Nada, porém, parecia um mar de alento

Pra aquele bandeirante já cansado

Na passagem sinistra de um momento.

Disse ele aos servos: – “José foi enforcado.

E eu faço agora um cruel JURAMENTO

Em mandar pro laço o mais revoltado”.

Dario Teixeira Cotrim
Enviado por Dario Teixeira Cotrim em 11/01/2016
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