SONETO PARA A CIDADE DE JURAMENTO
Na passagem dos bravos bandeirantes
Já exaustos nos garimpos – sem sucesso
Vagam por um caminho, em retrocesso,
Maltrapilhos, assim como eram antes.
Então, de passo a passo – os horizontes
Abrem-se as suas asas, com excesso,
Pra receber de Fernão Dias - o egresso
As pedrinhas verdes, e seus brilhantes.
Nada, porém, parecia um mar de alento
Pra aquele bandeirante já cansado
Na passagem sinistra de um momento.
Disse ele aos servos: – “José foi enforcado.
E eu faço agora um cruel JURAMENTO
Em mandar pro laço o mais revoltado”.