O Coqueiro o Açoita Cavalo e a Figueira.

O açoita cavalo com seus galhos

Empurrava o coqueiro pra um lado

Mas o coqueiro teimoso

Insistia em ficar colado

Com suas folhas verdinha

Sempre embaixo da sombrinha

E num lugar bem arejado.

Então o açoita cavalo

Apelava pra raiz

Pra que sugasse a umidade

E matasse aquele infeliz

Mas o coqueiro inteligente

Mandou as suas raízes

Buscarem água na vertente.

Encontrando pouca água

Pra sua subsistência

O coitado do coqueiro

Foi mudando de aparência

O tronco foi afinando

As folhas amarelando

E ele pediu clemência.

Então o açoita cavalo

Caiu na realidade

Pois se o coqueiro morresse

Iria sentir saudade

Falou pra sua raiz

Que não podia ser feliz

Fazendo aquela maldade.

Ai o açoita cavalo

Passou a ajuda o coqueiro

Protegendo com sua sombra

O seu velho companheiro

Bem na margem da estrada

Com as raízes tramada

E a mesma época de floreio.

Um belo dia bem cedinho

Ainda estava serenado

O coqueiro e o açoita cavalo

A recém tinham acordado

Quando sentiram uma cósquinha

Era uma figueirinha

Que crescia bem do lado.

A cosca que eles sentiam

Era um galinho da figueira

Se entreverando entre os dois

E fechando uma clareira

Com as árvores abraçada

As brechas foram fechada

E deu uma sombra de primeira.

Depois que veio a figueira

Aumentou a alegria

Com sábias e saíras

Comendo frutos todo dia

Ninhos de beija flor e pombinha

E o João de barro na casinha

Fazendo uma cantoria.

Hoje olhando as três árvores

Bem ali na minha mira

Vejo o poeta canarinho

Pombinha rola saíra

E pôr entre os galhos em flor

Também vejo o beija flor

Sabiá pardal e carruira.

Nos galhos do açoita cavalo

Também vejo as barbas de pau

Onde as aves vem fazer ninho

Pra descascar filhotinhos

De tico tico e pardal

João de barro bentevi

Pinta silva e pica pau.

Poeta Edgar
Enviado por Poeta Edgar em 10/01/2016
Código do texto: T5506278
Classificação de conteúdo: seguro