Mandala
uma noite em neblina
esparrama-se
no movimento
projetado da grama
sons invisíveis
tamborilam no silêncio
grilos e aranhas
orquestram
rítmicas equações
geométricas e quânticas
um ente sem nome
num respiro lento da grama
espalha seu bocejo ao vento - e sonha!
seres vibrantes
escondem-se nos passos
multidimensionais de uma secreta dança
a natureza é dualidade
mandala
espiritual e terrena
mostra-se plena
quando alcançada pelo olho
ajoelhado em reverência