UMA GOTA NA CANTAREIRA
Desceu em cântaros
Fazendo escândalos
Nos telhados.
Em minutos o caos
Veículos viraram naus
E meu olhar estupefato.
Janeiro chegou molhado
Chuva em lugar errado
Um alerta à atenção.
Mas esta, nada modesta
Chuva que desembesta
Fez subir meu nível de apreensão.
Em tempos de intenso mormaço
Relâmpagos riscaram os espaços
E caiu uma chuva prazenteira.
Uma imensa precipitação...
Meus olhos encharcados de gratidão
Choveu tanto que fez sorrir até a “Cantareira”.