Injúria em Gaia

Eu quero me perder

Desenvolver estranheza

Nao vivo em beleza

Eu vivo diante do sofrer

Esses antagonismos

Deitados em agressao

O corpo em depressao

A alma vive aforismos

Sao tensoes estranhas

Dispersoes teologicas

Embricando entranhas

Em analises ufologicas

Debatem-se em morte

Sem céu, sul, sol e norte

Habitam ogivas em mim

Eu que nao sei ser assim

Enlouqueci na procura

De uma resposta certa

E na ausencia de cura

Me deixam deserta

É uma tortura cantada

Nesse vazio existencial

Minha pele vive o ritual

Qual sorte nao é plantada.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 26/11/2015
Código do texto: T5461265
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