Injúria em Gaia
Eu quero me perder
Desenvolver estranheza
Nao vivo em beleza
Eu vivo diante do sofrer
Esses antagonismos
Deitados em agressao
O corpo em depressao
A alma vive aforismos
Sao tensoes estranhas
Dispersoes teologicas
Embricando entranhas
Em analises ufologicas
Debatem-se em morte
Sem céu, sul, sol e norte
Habitam ogivas em mim
Eu que nao sei ser assim
Enlouqueci na procura
De uma resposta certa
E na ausencia de cura
Me deixam deserta
É uma tortura cantada
Nesse vazio existencial
Minha pele vive o ritual
Qual sorte nao é plantada.