UM RIO QUE ERA DOCE

Era uma vez um rio

Um rio de água doce

Que corria macio

Um rio belíssimo

O rio doce

Nas suas margens

Ou nos remansos fundos

Onde quer que se fosse

Pululava a vida

Nas suas aguas doces

Era uma vez um rio

Que lindos bagres e piavas

Um rio de águas mimosas

Caudalosas e escuras

Onde o homem pescava

Que destino deste rio

Como se ser humano fosse

Estava selado pela maldade

A morrer por desleixo, dilúvio

De lamas e crueldade

Chora agora o homem ribeirinho

Agonizam os peixes e a vida

Escancara a mãe natureza

O pus vermelho com sangue

Que vaza de suas feridas

Fala o homem, o veredicto saiu!

O que outrora era um rio

De vistas calmas de um horto

Nem mais água tem, só barro

O rio doce está morto!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 14/11/2015
Código do texto: T5448599
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