A Borboleta

Aos clarões apoteóticos da beleza,

Surge ovo-larva perante a natureza,

Que de um passo envereda pálida,

Esta prisão numa simples crisálida.

Polinizar o mundo é a sina da pupa!

Tal vontade presa na alma drupa,

Anunciando a chegada ao planeta,

E assim eclode sendo a borboleta.

O que mais me confunde é o ser,

Como entender sua efemeridade?

Deslumbrada se torna em se ater.

O que à toa parece ser suavidade,

Aos olhos dos demais não é poder,

Dar ao tempo: intensa relatividade!

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 06/11/2015
Código do texto: T5439536
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