Serra

Na ponta da pedra

Em cima da serra

Contemplo o sol

Que o dia encerra

Vento que bate

Frio que invade

Cheiro de mato

Mato a saudade

De minha infância

De ser criança

Menino franzino

Cheio de esperança

Contava os dias

Pra nas férias lhe ver

Sentir o frio gostoso

Que vinha de você

Se vejo-a debaixo

Admiro seu esplendor

Se estou no seu topo

Estou perto do senhor

Pequenas cidades

Se resumem em luzes

Enxergo o mundo todo

Onde serras têm cruzes

Vivo na cidade

Mas não minha alma

Ela habita a serra

Que minha vista esbalda

Ao chegar o dia

Do meu último suspiro

Pedirei ao pai

Meu último retiro

Olhar o imenso

Respirar a calma

Regar com lágrimas

De toda minha alma

Agradecer de estar em seu ombro

Que me permitiu enxergar toda a terra

Sempre serei muito grato

A todos meus pés-de-serra.

clayton diniz
Enviado por clayton diniz em 30/09/2015
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