Nublado
Nem despediu-se, porém foi-se.
Cadê a luz de dominante irradiação?
O sol afugenta-se como se uma foice
Tivesse o ceifado sem sua percepção.
Enublece? Enublando!? O nublado!
Tudo escurece, eis o tempo fechado.
Cortinas descem sobre suas tramóias
Para assar-nos quando vinda a aurora.
Por enquanto o frio acompanha, é fiel.
Deixa o que sonha dormir sossegado.
Já aquele com insônia observa um céu
Que o faz vê-lo como de si o outro lado,
Esperando o dia tirar-lhe o renegado fel
De um céu sem estrelas, mas também admirado.