Nublado

Nem despediu-se, porém foi-se.

Cadê a luz de dominante irradiação?

O sol afugenta-se como se uma foice

Tivesse o ceifado sem sua percepção.

Enublece? Enublando!? O nublado!

Tudo escurece, eis o tempo fechado.

Cortinas descem sobre suas tramóias

Para assar-nos quando vinda a aurora.

Por enquanto o frio acompanha, é fiel.

Deixa o que sonha dormir sossegado.

Já aquele com insônia observa um céu

Que o faz vê-lo como de si o outro lado,

Esperando o dia tirar-lhe o renegado fel

De um céu sem estrelas, mas também admirado.

Thiago José
Enviado por Thiago José em 29/09/2015
Reeditado em 20/10/2015
Código do texto: T5399027
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