A GOTA

A Gota

A gota que brota no seio da terra.

A represa da vida

A expansão dos anseios

Sem destino sem premeditação.

A regra do leito

Sem direção,

Na espreita e muito cuidado

A lentidão da esponja

Em absorver

Um aprendizado com muita razão.

Se não há nexo aos mortais,

Uma ilusão.

As regras preconcebidas,

Um laboratório

Uma simbiose pragmática

Sem emoções,

Do sistema uma vazão.

Se já há discernimento

Agregar ao mistério

Um ato ou fenômeno, perscrutar:

O concreto visível e palpável

Do imensurável e complexo.

O intimo a dúvida:

O começo?

O meio ou

O fim?

A visão permanece

Conjecturando na imaginação.

Padece uma angústia solidão.

O livre arbítrio do pensamento

Secreto ou não.

Com quem partilha?

Uma tênue energia

Impulsionando e gravando

O dito sem explicações.

Nexo desconexo,

Uma reflexão.

A molécula palpável

De componentes etéreos

Numa fenda cósmica

A disposição!

Belo Horizonte, 19/05/2013 – Atalir Ávila de Souza

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 21/09/2015
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