Genuíno ar de liberdade
Pássaros voam
E cantam;
Batem as asas
E morrem;
No rigor do inverno
Voam,
em bando,
Para o sul;
Viajam, batem as asas
E morrem.
E o piar do voo
Junto ao doce frescor da liberdade;
Voam,
alto e baixo,
Baixo e livre.
Pássaros livres e acorrentados,
desprovidos do voo da liberdade.
As penas contra o vento
O cintilar dos olhos
E o brilho do voo
O brilho do verão que se esvai
A liberdade prezada e vivida
Por pura sorte
E o puro bater das asas
Nos genuínos ares do outono
E o piar do voo
Em busca da primavera
Em busca do doce frescor
Da liberdade,
do bater as asas
E no frescor da liberdade,
conta o vento,
piam
e
morrem.