AVRIL

Gérard de Nerval, Odelettes

(tradução: Vilmar Daufenbach)

Déjà les beaux jours, - la poussière,

Poeira, - já os dias lindos,

Un ciel d’azur et de lumière,

Um céu de luz - azul tingindo,

Les murs enflammés, les longs soirs;-

Longas noites – ardentes muros;-

Et rien de vert: - à peine encore.

E nada de verde: - por hora.

Un reflet rougeâtre décore

Um reflexo rubro decora

Les grands arbres aux rameaux noirs!

A mata de ramos escuros.

Ce beau temps me pèse et m’ennuie.

Esse bom tempo me aborrece.

- Ce n’est qu’après des jours de pluie

- Só depois que a chuva acontece

Que doit surgir, en un tableau,

Numa tela, vindo a surgir,

Le printemps verdissant et rose,

A primavera verde e rosa

Comme une nymphe fraîche éclose

Como ninfa fresca e formosa

Qui, souriante, sort de l’eau.

Da água, saindo, a sorrir.

Gérard de Nerval
Enviado por Vilmar Daufenbach em 16/09/2015
Código do texto: T5384306
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