O PÔR DO SOL
Nas tardes de domingo preguiçosas,
Os jovens sentam-se nas pedras do Arpoador,
Em meio aos respingos das ondas caprichosas,
Esperam o pôr do sol encantador.
O cheiro de maresia está no ar,
Na pele fica um gostinho de sal.
Gaivotas fazem piruetas ao mergulhar,
Num balé único, bem original.
O céu ganha matizes de rosa e alaranjado
À medida que o astro rei se despede graciosamente
Os espectadores batem palmas, extasiados,
Enquanto a lua vem chegando sorrateiramente.
Tudo tão igual, tão diferente,
Todos os dias uma nova exibição,
Mas é assim que o carioca irreverente
Saúda o sol há mais de uma geração.