O PÔR DO SOL

Nas tardes de domingo preguiçosas,

Os jovens sentam-se nas pedras do Arpoador,

Em meio aos respingos das ondas caprichosas,

Esperam o pôr do sol encantador.

O cheiro de maresia está no ar,

Na pele fica um gostinho de sal.

Gaivotas fazem piruetas ao mergulhar,

Num balé único, bem original.

O céu ganha matizes de rosa e alaranjado

À medida que o astro rei se despede graciosamente

Os espectadores batem palmas, extasiados,

Enquanto a lua vem chegando sorrateiramente.

Tudo tão igual, tão diferente,

Todos os dias uma nova exibição,

Mas é assim que o carioca irreverente

Saúda o sol há mais de uma geração.

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 10/09/2015
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