Vestes da noite
Etéreas e reluzentes, as estrelas bailam
No incógnito vazio do universo,
Suspensas pelo misterioso suporte,
Que colam os seus corpos no céu...
São pontinhos faiscantes,
Seduzindo meu olhar,
Como um manto negro e brilhante
Que alguém estendeu no ar...
Retalhos de rendas brancas,
Tecidas como algodão,
As nuvens fabricam brumas,
Suavizando a escuridão.
Tudo que enfeita o espaço,
São sopros da eternidade,
Enfeitando os corpos vazios,
Como alguém vestindo a noite,
Cobrindo-a de diamantes...
É sublime o céu assim,
Com os mistérios de luz
Em cada estrela que brilha.
Lembra-me uma mão gigante,
Coberta de purpurina,
Espalhando ao sabor do vento
Tanto brilho lá em cima.