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UMIDADE


Rolam sobre a pedra
As gotas de chuva,
Tecendo macias estradas
De veludo verde.

A folha goteja
A vida,
Entregando à terra
Sua esperança.

Barulho de água
Na mata fechada
Ecoa mensagens
De lagos de luz.

A nascente abre
Seu ventre entre as folhas
Parindo umidade.

As gotas de chuva
Na teia de aranha
Parecem minúsculas
Uvas de vidro.

Eu peço que chova
Sobre as cabeceiras
Onde sonham as nascentes
E os rios.



 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 27/07/2015
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