Chove de mansinho

Chove quietinho, como que para não acordar a noite

Chove devagarinho, molhando o asfalto e as calçadas

Dentro da casa, a poesia se forma, pelas mãos e o note

Book que guarda tantas memórias, palavras sussurradas

E o neon ao longe, desenha as muitas coloridas imagens

Que vão se misturando com a chuva, com o farol dos carros

Modificando o momento, transformando as nossas paisagens

E a água caindo na terra, molha os pés que pisam no barro

Molha a face que fria, se faz indiferente, não se importa mais

Com o vento que embaraçou os cabelos, arrancou a flor do jardim

E com tristeza se desfez em pétalas, demonstrando os tantos ais

E assim fenece a vida, camuflada entre as águas, the end, fim.