Um breve cântico às chuvas e a todas as águas.

Universo das águas!...

São todos os rios,

E oceanos bravios,

E lagos gigantes.

É o reino ancestral

Da vida primeira,

É paz... Cachoeira

Que nasce das fontes!...

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Quando desces tranquila

Ou em bravias correntes,

Alegrando as gentes

Dos infindos rincões,

És a bênção do Pai,

Manancial cristalino,

Criação do Divino

– Oásis dos sertões!

Ó água bendita

Que em vapores sobes

Às alturas tão nobres

Deste vasto céu

E à prece altaneira

Das vozes da terra

Nos céus não mais se encerra

E desces como um véu...

SGV (Primeiros poemas...10/09/1989)