ESPERANÇA
Escuto o vento,
Que por sorte canta,
No telhado seco.
Muito volume,
Querendo sair,
Pelo buraco,
Mas tão grande,
E pouco espaço,
A melodia aumenta.
Depois a bátega,
Mostra suas águas,
A lata abandonada,
Recebe o batuque,
O arruído é forte,
Cadencia a festa da natureza.
No arromba temporal,
A melodia me deixa,
Tranquila e alumia ,
Minha alma então,
Faz morrer o lamarão,
E a nascer a esperança!