Vida Queimada ( Na voz da árvore )
Passei toda a minha vida
Dando sombra e frescor
Mas de uma grande queimada
Minha vida acabou
Me transformei no carvão
Poluente da Nação
Sou parte de uma vida
Parte de uma geração
Que ainda viveu da flor
Das folhas...
Do ar que ofereci
Depois de tantas queimadas
Com a minha vida apagada
Eu nada posso fazer
Sou inerte...
Vulnerável
Aos olhos de quem não me quer ver
Sou vida queimada
Nas matas...
E beiras de estrada.
Maria Lamanna
Rio Preto - MG