Divã do Mar

E assim os pés afundavam em areias

Invadidas por águas tranquilas e mornas

As mesmas que os tocavam trazidas pelas ondas

Juntamente com a espuma que vertia vida

Acalmando corpo e coração deixando marcas

O vento penetrava os olhos lacrimejantes

Que admiravam o horizonte

Parada ali, como em uma mágica sessão

O tempo em volta já não existia

Apenas o som do mar batendo nas pedras fazia sentido

E trazia toda a emoção contida

Fazia seu corpo agitar por dentro

Mas continuava ali parada

Sentindo todas as sensações

Que aquele momento lhe dava

Depois com a alma renovada

Ia pouco a pouco deixando para tráz

O seu melhor lugar no mundo