Rouxinol.
Rouxinol de asas perpetuas,
Desce sereno me exclamando,
Olhando o horizonte viciante.
Ah rouxinol, me invejas demais.
Onde fores, me leves contigo,
Sobre os ares dos vulcões silvestres,
Livre das maldições em neves negras,
Sereno ao bicares suas esperanças.
Porquê, sejais tintas de tuas asas,
Refletido dos arcos-íris gotejados,
Trazes-te, a semente de amanhãs.
Na longa da cunha que se acunha,
Lavrando as veredas das cabanas,
Quando fores pousares algum dia.