Sou um bosque quieto
Não recebo o canto dos pássaros
Não tenho os pingos da chuva
Não abraço os raios do sol
Já fui um templo de alegria...
Em que o canto do pássaro se ouvia
Em que a chuva abençoada caia
Em que a luz do sol acariciava o dia
Sou um lugar adormecido
Não há borboletas, por elas fui esquecido!
Não há lua a clarear a noite escura...
Sou ambiente em que a voz da saudade murmura
Já fui um templo de magia
Em que as borboletas completavam a harmonia
Em que a lua cheia visitava a noite, e fazia poesia...
Perfeita energia, surgiam canções com a voz da ventania!
Sou um bosque desabitado
Já fui um bosque encantado
Hoje...
Quero de volta o meu templo iluminado
Quero abrandar o ódio tão estampado
Lamento ao ver um avião com o homem armado!
Eu só quero pássaros voando no meu elevado...
As bombas mataram as minhas cores...
Atiradas por seres de aço que não sentem dores
Sou natureza morta clamando por compaixão
Tremo quando penso no que traz outro avião...
Sou templo que mataram o coração
Eu quero ser poesia, eu quero ser canção!
Sou um bosque desabitado
Já fui um bosque encantado
Será que haverá perdão?
Janete Sales Dany
Poema @ protegido por lei
Com esta poesia participo no grupo da Peapaz:
Antologia Imagem e Literatura nº 46: A Woodland Temple
Com esta poesia participo no grupo da Peapaz:
Antologia Imagem e Literatura nº 46: A Woodland Temple