Parece uma fera
Os destroços trouxeram o frio da atmosfera,
E outono, ora manso, hoje parece uma fera;
Antes, garras retraídas, hoje estão à mostra,
Se pudesse me esconderia na pequena ostra.
E lá permaneceria, hibernando até a primavera,
Mas o meu nome é Lucimeri, não sou uma Pérola;
Então mesmo a matéria querendo, nunca pudera,
Assim vou rimando, rimas sérias, outras tão tolas.
Para esquentar o frio, por ora, café na manhã gelada,
Um olhar atento à hora, que ruge, vem toda apressada;
E outro em junho, quando orvalho se reveste em geada,
No fim, fica tudo perfeito, cada nova estação é abençoada.