MÃE NATUREZA
MÃE NATUREZA - João Nunes Ventura-04/2015
Nossa mãe Natureza
Mundo de esplêndida beleza
Divino lar que herdamos,
Que nos alimenta e nos guia
Na saúde e na alegria
No seu seio descansamos.
É o aconchego que gente
Auferiu como presente
Temos que dela zelar,
Mas estamos destruindo
Nossos rios poluindo
Morrem os peixes do mar.
O globo azul majestoso
Com o sol esplendoroso
Os ventos sopram no mar,
E a primavera florida
Da nossa terra querida
De encanto a cintilar.
O homem tudo destrói
O que a natureza constrói
Sem amor no coração,
As florestas suprimindo
E o fogo consumindo
No final tudo é carvão.
Os nossos filhos sentirão
De ver tanta ingratidão
A humanidade da riqueza,
As lindas árvores frondosas
Choram a saudade das rosas
Sucumbidas na tristeza.
Os pássaros sem demora
Batem asas e vão embora
A brisa morre com as flores,
Se reciclar é insignificante
Amanhã é importante
A natureza implora amores.
E as flores perfumadas
E pelo chão espalhadas
Sem orvalho sem o fulgor,
E os pobres animais
Mortos nos matagais
Dilacerados na sua dor.
As águas que descem da serra
Arrastam as sujeiras da terra
Desenham a marca do dia,
Que tempos de minha infância
Onde gozei a bonança
Da correnteza sadia.
E a extensa cidade
Que busca a felicidade
Nas noites de boemia,
Respirando gasolina
O seu povo caminha
Vivendo de fantasia.
O rio de água cristalina
Virgem fonte pequenina
Que nasce no meu rincão,
Banha a terra verdejante
E o pendão tremulante
Resiste o ardor do chão.
Majestosa a natureza bela
O seu segredo não revela
Suporta as angustias da dor,
E o seu porte de nobreza
Resplandece na grandeza
Do olímpico esplendor.