Quem dera

Em um longínquo horizonte
Eis que se pode ver
o arvoredo que se embaraça
com a neblina deixada pelas nuvens que se elevaram

Ali jamais ouviu-se um lamento
Ali nunca se viu dissabor
Quisera eu nascer ali
quisera eu habitar, quem dera

Nas folhagens secas ao solo úmido
Pegadas de mais um ser desnudo
Liberdade de causar inveja
No aroma da terra molhada

Pelas frestas de galhos
O brilho do sol pede licença para entrar
O som nas pedras se avizinha
A cascáta que cai do alto de um lugar sem fim

As borboletas se cruzam como se estivessem a bailar
Quem dera eu fazer parte deste habitat
As rochas mais altas abrigam os que queiram desfrutar
O canto de um sabiá ou o aroma do jasmin de madagascar?

Trilhando o caminho
Me encontro de volta a realidade
Das terras urbanas e de leis profanas
Quem dera eu, um dia voltar.
Felipe Beckmann
Enviado por Felipe Beckmann em 10/04/2015
Reeditado em 28/04/2015
Código do texto: T5201425
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