EU RETIRO ALGUNS VERSOS

Eu retiro alguns versos

das flores que florescem,

já que outros fogem

dispersos, por entre

os orvalhos

que amanhecem,

e se derramam pelas

plantas refrescantes;

enquanto o sol,

até agora morno,

não enxuga o frescor

da manhã nas frondes

verdejantes das árvores

que ainda adormecem

tão antigas, imergidas

em íngremes boqueirões

profundos; onde quase

sempre, fluem os riachos

às baixadas, e o olho

do sol penetra tímido,

por entre as árvores

frondosas, quando

os meus versos se nutrem

de tuas seivas vegetais;

para após, embelezarem

as algas ribeirinhas,

os peixes e toda maravilha

lírica da vida aquática;

onde almas poéticas

emergem dos leitos

dos rios, para acolherem

os meus versos em tuas

consciências desencarnadas.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 06/04/2015
Código do texto: T5196867
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