ÁGUA

Água...

O próprio nome soa poético!

O zelo por sua relevância

Tem que ser muito mais que o valor ético!

Sem ela não há vida

Parece frase clichê

Mas se de fato ela se findar

O que se há de fazer?

Usar conscientemente

Não apenas por medo de ela faltar

Pois grande aberração

É tê-la e poluída ela estar!

Poluída de infinitas formas

Seu sentido vai se esvaziando

Sofrendo o martírio

Dos que se julgam humano

Nela somos gerados

Por meio dela nos conservamos vivos

No ar que respiramos

E nos alimentos que nos mantém nutridos

Mas não só a isso resume seu valor

Ela lava, purifica...

Nos brinda com seu vigor

E, falar da água, exige certo pudor

Pois foge do nosso alcance

Compreender sua dimensão

De todos os lugares

Onde está sua atuação

Seu sabor sem sabor é incomparável

Sua cor sem cor é admirável

Seu aroma sem cheiro

Contemplável...

Nós à ela:

Contemplar...

Respeitar...

Cuidar...

Ela em nós e à nós:

Saciar...

Para que, nós à ela:

Contemplar...

Respeitar...

Cuidar...

...

Vera Lucia Ferreira Pereira