ÁGUAS

Na fonte, pura...cristalina,

Tranquila e mansa

Enche rios, mares alcança

Tocando dos olhos, a menina.

Leva vida, faz brotar a semente

Em gotas de chuva são o brilho da visão;

No orvalho, do poeta, inspiração.

Mimo do criador que a natureza sente.

Se demora, resseca o sertão,

Craquelado fica o leito, rio sem manto;

Quando são lágrimas, de nuvens o pranto.

Inunda e encharca o chão.

Gotas de furia…

Dos olhos, lamúria…

Revolta dos céus, parece,

Por errar na medida da prece?

Disso nada entendo…nao sei os motivos...

Deixo as conjecturas das coisas sofridas,

Atenho-me a meu início, ao positivo:

Aguas trazendo vida!