A NATUREZA E EU

Para muitos a natureza é apenas paisagem,

Que é olhada, tocada e transformada,

Em prédios, casas, uma natureza artificial.

Quando estou falando dela,

Me vem uma imagem a mais bela,

Da mulher que resiste a dor,

Que por maldade lhe quebraram a costela.

Arrancaram suas vestes,

Brutalmente suas pernas foram cortadas,

Deixaram-na sem vida, jogada ao chão,

Por ser a última, gritou pedindo proteção.

Sem ela haverá mais que extinção,

Morreremos de calor e poluição,

Os animais desorientados vão correr para cidade,

Veja aí o “caos” que causou tanta maldade.

Os povos da floresta, sem mata e território,

Cantaram uma canção triste como um velório,

Por saber que sua vida depende dessa riqueza,

E representa sua casa, seu sustento e fortaleza.

Reflitamos nossa ação,

Qual a forma de contribuição?

Podemos não derrubar uma árvore,

Mas não fazer o papel de cidadão,

É o mesmo que arrancar uma madeira de lei,

Lei da vida é cuidar, amar, parece simples, mas não é não.

A natureza e eu temos uma dependência,

Eu preciso da sombra, alimento, conforto,

Ela precisa do meu amor e da minha compreensão,

Por isso que a luta se dá na calma e paciência.

Por uma árvore em pé, faça sua parte, você que é nação.

Márcia Wayna Kambeba
Enviado por Márcia Wayna Kambeba em 17/03/2015
Reeditado em 10/05/2015
Código do texto: T5173125
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