CONTEMPLAÇÃO

Ao clarear do dia

Eu me visto de púrpura

Para assistir ao arrebol

Que se instala

Atrás dos montes.

A lua vai dormir a fadiga

Da madrugada intensa

E as estrelas vão cochilar

Sob a égide do pálido sol

Ainda a esquentar turbinas...

Ressabiada manhã nasce

Aos olhos que contemplam

A mágica metamorfose

Que se opera no tempo

Que é templo de miragem.

Nuvens alvoroçadas pintam

Gigantesco quadro natural

E no frenesi dos contornos

Surgem imagens intuitivas

Açodadas pelos ventos.

Os pássaros despertam,

Rica sinfonia se faz ouvir

E no orvalho do novo porvir

Dou alento aos rumores do dia

Acariciado pelo tom das brisas!

De Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/02/2015
Código do texto: T5151554
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