No crepúsculo de encantos
O Sol escarnecido
Zomba da natureza em fogo.

O alaranjado do horizonte
Traduz lamento do dia
Fulminando o entardecer.

Enquanto o pássaro sinistro
Com suas asas negras da noite
Pousa nas cristas dos morros.

Se a noite cai serena
Faz um céu de estrelas rutilantes
Recriando doce oásis de encantos.

Dir-se-á: o mar é saia revolta em espumas
As estrelas são piscares de prata
 E a Lua desconfiada flutua.

Confirmar-se-á: o arrepio do vento dançarino
Espalhando úmido sereno
No luto fechado da noite.



(*) Imagem Google
Mané das Letras
Enviado por Mané das Letras em 17/02/2015
Reeditado em 18/02/2017
Código do texto: T5140233
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