Solidão costeira
Inconstante é o mar
De arrebentações e correntezas
Inconstante é o movimento dos barcos
E o canal está quase deserto
Desertos estão os coração humanos.
O céu é pesado e encobre o mar
E chove, nem tão ácida, a chuva
Vem amaciando o dia
Socando a areia que hei de pisar.
Na barra,
Balaios vazios e ocos
Por onde andarão as baleias?
E a paz marítima se faz tênue
Mostra, tão calma, desenhos de rotas,
De algum petroleiro fantasma.
E na solidão costeira
Nem tudo está perdido
Há de haver alguma vida.
Caminhando,
Encontrei florações de algas
Jóias de cálcio em forma de conchas.
Premiaram o dia...
Beijo a todos!