A Rainha das Florestas

Em plena selva,

Tendo ao redor toda criatura predadora;

Eis que é chegada à hora,

Da mais bela das caçadoras.

Cada passo adiante era sempre um grande risco,

A incerteza do desconhecido;

Ter seu corpo em queda livre,

Em qualquer um dos precipícios.

Havia nela o sabor dos desafios,

A frieza da coragem,

Que repousa nas mais profundas águas dos rios.

Ir sempre em frente,

Sem nunca hesitar,

Ousar o inusitado,

Tocar o intocável,

Onde nenhum outro ser humano,

Se atrevesse ter chegado.

As mais temidas feras,

Já não viam nela qualquer perigo.

Abriram na mata uma imensa clareira

E a conduziram ao ponto mais íngreme,

Da mais alta das cachoeiras.

Tirou as suas vestes e ali mesmo se banhou,

Adormecendo suavemente,

Quando aquele dia finalmente terminou.

Ao despertar a natureza a coroou;

Ordenou ao vento que soprasse,

Para que cada criatura da floresta ouvisse

O nome da nova rainha Isis.