O Presente
Em solitude contemplativa
Observo as cores transitórias do céu,
Todos os tons do azul e do vermelho,
Que se misturam ao amarelo
A completar mil cores em fogaréu.
A noite traz a transmutação
Do alegre azul ao lúgubre negrume
Realçando estrelas mil no veludo escuro
Enquanto a brisa fria se faz presente
Em ondas leves de um ar mais puro.
Chega a causar estranhamento
A sucessividade de tal fenômeno
Que o universo gentilmente presenteia.
Pena que muitos não percebam
A beleza que os meus olhos incendeia.