ÁGUAS MANSAS DUM RIO QUE CORREM PARA O MAR
Águas mansas, inocentes dum rio
Que correm para o mar,
Fogem de terra, procuram refúgio,
Querem a vida sossegar.
Perseguidas pela ferocidade humana,
As águas correm velozes,
Cristalinas e puras, evitam a poluição
Um dos inimigos mais atrozes.
Saltam de fraguedo em fraguedo,
Descem as serras a correr,
Beijam as encostas, perdem o medo.
Assim serenas, é bom de ver.
Resistem a represas e albufeiras,
A sua força é tamanha,
Que vencem todas as barreiras
Que aparecem com manha.
Águas mansas inocentes dum rio,
Levem-me contigo para o mar,
Também quero a minha liberdade
Não tolero por sofrer passar.
És das poucas heranças da terra
Que ainda se mantém pura,
O homem é impotente, não é fera
Que te vença, és muito dura.
Ruy Serrano - 11.01.2015. às 07:45 H