POEMA NATUREZA

Certamente poesia e amor são parentes,

Bem como coração e um buquê de rosas,

Na primavera as flores palpitam fogosas

E deixam no ar um aroma que é presente.

Meu olfato campeia entre místicos odores,

Apaixona-se por orvalhos que são perfumes

E me torna ramalhete em pétalas de ciúme

Adocicando de magia silhuetas de amores.

Canteiros floridos... realce de nudez no ar

Que dá coloração virgem ao ato de amar

Sobre galhos que adornam as copas rasas...

Troncos eruditos inspiram papel e caneta

E o poeta escreve munido de sua ampulheta

Que são os versos azuis da plenitude casta!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 29/12/2014
Código do texto: T5084683
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