Tempo

A inteligência não pode detê-lo, sempre incurável.

Nada o contem, nenhuma esperteza, nem a vasta sabedoria.

Desde os primórdios, quando foi estabelecido ele permanece incontrolável.

Ele corre e ninguém pode alcança-lo, sempre foi soberano, e sobre tudo superior.

Sem ser visto ele corrói, é totalmente irrefutável.

De grandes o maior inimigo, dos necessitados avassalador, impaciente.

A ciência não o abala, ninguém pode toca-lo, e seu furor leva o homem a prantear.

Quem pode torna-se seu amigo, ou ouvir suas palavras, ao seu lado sentar-se.

Nada o comove, nem mesmo os mais altos gritos, porque têm a sua alma insensível.

Ele não leva flores, os seus pés não recuam e sempre continuará a avançar.

André Lisboa
Enviado por André Lisboa em 25/12/2014
Código do texto: T5080644
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