¿Será que vou precisar de um lenço?
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Do avião, as árvores verdes da cidade,
Cobrem com tenra sensação fascinante,
Os olhos do agora empolgado visitante,
Que, descansado pousa com suavidade.
Sabiás gordos caminham na grama,
Cantam para as rosas de cada cor;
Nesta cena, gentes falam de amor,
Mais aves, minha atenção chama.
Construções de arrojo dubaizantes,
Vitrificam criativos e belos edifícios;
Espelham do céu novos cotonifícios,
Nuvens dançam fofas, esvoaçantes.
Algodões aquarelados de cinza leve,
Mostrados pela janela do meu trem;
Um líquido, dos meus olhos obtêm,
Antes da chuva anunciada pra breve.
Refletindo sobre bênçãos em fartura,
Desta viagem, trago alegria em molhos.
Extasiado, derramo o coração e penso:
De Jesus Cristo, vem toda candura.
Então, O que fazer com os olhos?
¿Será que vou precisar de um lenço?
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